Opinião dos Leitores

Espaço destinado a colocar a opinião dos leitores e utilizadores do blogue
(todas as opiniões aqui publicadas são autorizadas pelos seus autores)

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Arque.Rating informação

21.08.2011

Gostaríamos de informar a todos os nossos colegas, amigos e leitores que, devido a um pedido realizado pela ex-responsável da Associação ÁRKESIS, Associação de Investigação Arqueológica e Disciplinas Afins [site] [Lista], retiramos da nossa lista de empresas e associações (formulário) a referida associação. A justificação dada para o pedido da remoção da ÁRKESIS da nossa base de dados diz respeito ao facto de a supracitada associação ser uma associação sem fins lucrativos e nunca ter celebrado qualquer contrato ou ter tido qualquer vínculo com empresas ou trabalhadores a recibos verde ou a contrato de trabalho ou avença, segundo a ex-responsável.

Mais informamos que lamentamos este incómodo,

Arqueorating

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Arque.Rating informação

Gostaríamos de agradecer a todos os colegas que preencheram os formulários pois estamos a ter uma forte adesão. A colaboração até agora sentida está a superar as expectativas. Mais informamos que os resultados estatísticos poderão tornar-se públicos muito antes do esperado.
Agradecemos, sinceramente, a adesão e colaboração de todos.
Mais informamos que esta iniciativa surge com uma postura e intenção de "boa fé". Garantimos que não se trata de nenhuma empresa de arqueologia, entidade ou pessoa com intenções obscuras ou "capitalistas". Trata-se sim de um grupo de amigos e colegas que decidiu agir de forma simples e dinâmica, tendo como único objectivo, caracterizar, mesmo que parcialmente, o panorama da arqueologia empresarial portuguesa e dos problemas que cada um de nós sente no dia a dia. O objectivo também é, de forma prática, dar visibilidade às empresas que melhor tratam os seus funcionários e trabalhadores e, como consequência, a qualidade social e científica da mesma.

15.08.2011
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Componente Científica

Desculpem, como não existem comentários abertos em cada post fica aqui uma questão. Em qual ou quais estudos estão baseados os gráficos apresentados? Fiquei curioso com o gráfico da Qualidade Científica. Como foi realizada essa avaliação? Fica muito difícil avaliar cientificamente sem existirem publicações ou divulgações dos trabalhos e resultados alcançados.

Cumprimentos,
António Sérgio

Observação sobre a questão:
Os gráficos são baseados nos dados estatísticos resultantes do preenchimento do formulário (http://arqueo-rating.blogspot.com/p/formulario.html) que cada pessoas (arqueólogo) preenche, de acordo com as informações e experiência pessoal que retirou da empresa ou empresas para as quais trabalhou. Trata-se assim de gráficos que reflectem ou tentam reflectir a impressão pessoal que cada trabalhador teve em vários aspectos da sua actividade profissional com o mundo empresarial. Trata-se assim de elementos ou impressões pessoais da actividade laboral.

Muito obrigado pelo seu contributo,
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Uma opinião interessante de um dos nossos leitores:

A Arqueologia em Portugal pode constituir-se em eloquente exemplo paradigmático do falhanço do liberalismo desregulado. Viver segundo as leis do mercado sem a imposição por parte da tutela, ainda que coerciva, de linhas de orientação e regras bem definidas permite a eclosao e a disseminaçao de abusos. Os mercados não têm maturidade para se auto-regular pois eles nao sao racionais: nos mercados intervêm pessoas e estas movem-se, majormente pelas emoçoes (cerca de 80% das decisoes que cada ser humano toma são motivadas for factores emocionais). Este facto (há muito identificado pela psicologia nos países anglo-saxónicos) associado à enorme concorrência (a concorrência é, para mim, uma coisa boa) obriga à apresentação de orçamentos baixos, cujo preço será pago nao pela reduçao da margem de lucro da empresa, mas pela redução do valor a auferir pelo arqueólogo contratado. 
Cada arqueólogo que trabalhe hoje em regime de prestação de serviços, vulgo recibos verdes, deveria começar a encarar a sua actividade profissional como se de um empresário se tratasse. Pois, na realidade, um trabalhador independente é um nano-empresário. Ora, de acordo com as mais elementares regras de gestão empresarial (aqui simplificadas ao exagero), o volume de receitas deverá dividir-se em, pelo menos três parcelas distintas: 

  1. IMPOSTOS 
    1. IVA 
    2. IRS ou IRC 
    3. Segurança Social
  2. DESPESAS CORRENTES
    1. Salário (do próprio e de eventuais trabalhadores dependentes)
    2. Alimentação (do próprio e de eventuais trabalhadores dependentes)
    3. Alojamento (do próprio e de eventuais trabalhadores dependentes) 
    4. Deslocações (do próprio e de eventuais trabalhadores dependentes; inclui combustíveis, manutenção de viaturas, imposto de circulação) 
    5. Consumíveis diversos ligados à produçao de relatórios
    6. Material de registo gráfico, fotográfico e informático
    7. Outras despesas
  3. LUCROS
    1. Aquilo que se consegue poupar para investir no presente tendo em mente a realizaçao de objectivos futuros; ou simplesmente gastar nas despesas pessoais.
Comentário Anónimo

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Colegas,

Eu não sei quem são os autores do blog. Mas desde já lhes agradeço terem-se disposto a gastar o seu tempo e trabalho em "serviço comunitário". Parece-me estar bem feito e se conseguir bons níveis de participação e filtrar bem a veracidade da informação, seria de facto óptimo. Assim, apelo à participação de todos, com verdade e seriedade! Veremos se desta não nos ficamos pelas lemúrias...

Boa sorte para o blog e disponham!
Jacinta Bugalhão

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Trabalho em Arqueologia à cerca de 12 anos e nunca tinha tido a experiência de estar com atrasos em pagamentos como na presente situação. Não considero a empresa para a qual presto, no momento, serviços, uma má empresa só porque se atrasa no pagamento dos honorários, muito embora, pessoalmente acarrete custos e situações insuportáveis de "acrobacias" financeiras. A empresa está no início e ainda tem muitas provas para dar. No entanto, sou obrigada a concordar que existem empresas que não manifestam respeito para com os seus colaboradores, começando pelos honorários que oferecem pelas prestações de serviços, como o caso de 45€ e 52.5€ / dia, empresas cientificamente credíveis no mercado. Não aceitar trabalhos de valor inferior a 60€/dia, tabela bastante baixa, tem sido o meu critério, pois tendo em linha de conta a carga fiscal, ainda nos conseguimos mexer, vagarosamente, com estes valores. 
Ainda tenho esperança de alcançar o objectivo dos contratos a termo por parte das empresas de Arqueologia, com descontos para a Segurança Social e direito a Fundo a desemprego.

Comentário Anónimo

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Acho muito interessante esta iniciativa. Mesmo que se utilizem dados que podem ser considerados pouco fiáveis, eu, pelo menos, já fiquei com uma ideia relativa sobre o panorama da arqueologia empresarial e das suas realidades na amostra utilizada. Não deixem de consultar e preencher o formulário pois só assim vamos ter uma imagem mais ou menos fiel da arqueologia em portugal a custo razoável....

Boa sorte a todos,

Miguel

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Contei 69 empresas e entidades na área da arqueologia em Portugal neste blog. Parece-me que há demasiado trabalho para a arqueologia em Portugal. Se assim não fosse, como explicar a subida das entidades patronais e a concorrência desmedida que, por sua vez, faz descer as condições de trabalho pois, devido à enormidade de entidades que prestam serviço nesta área fará, necessariamente, a redução dos valores nos orçamentos para ganhar os trabalhos.

Obrigado,

Carla Dias

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"A arqueologia deve ser vista tal como é o campo da medicina cirúrgica. Um cirurgião é minucioso no seu trabalho. Ao mínimo descuido, o cirurgião põe uma vida em risco. Um cirurgião não vai fazer as operações «de ressaca», todos os dias da sua semana de trabalho. Um cirurgião é altamente formado, especializado, ensinado e, obrigatoriamente, sujeito ao pré-requisito de inteligência e amor à sua área. Um cirurgião é respeitado na sociedade. Mas a arqueologia portuguesa não tem cirurgiões. Tem saloios. Pior que saloios."

Obrigado,

Albino Oliveira

23.09.2011
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"Arqueólogo em funções a recibo verde. Contratos de trabalho para uma obra ou prestação de serviços a uma empresa, por um período igual ou superior a 6 meses, têm de se tornar prática obrigatória . Atrasos em salários não podem continuar (não é o meu caso). As viaturas em uso requerem apoio da empresa (o desgaste consome uma grande parte do que sobra dos nossos salários após os impostos liquidados) ou cedência de meios adequados. Ordem?Para quê? Já observaram os casos da classe de advogados, psicólogos, engenheiros, arquitectos, etc.? Sindicato concordo, de forma a defender posições aqui expostas (e outras). Definir, do ponto de vista Legal, o que são efectivamente as competências de um arqueólogo profissional (penso que não estão muito bem definidas na legislação corrente). Sem mais a contribuir de momento. Cumprimentos."

Anónimo

23.09.2011
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